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sábado, 25 de junho de 2011

Mais que frequentar cultos e eventos da igreja, viver a comunhão verdadeira é essencial!

Filemom, vers 4 a 7
"Sempre dou graças a meu Deus, lembrando-me de você nas minhas orações, porque ouço falar da sua fé no Senhor Jesus e do seu amor por todos os santos. Oro para que a comunhão que procede da sua fé seja eficaz no pleno conhecimento de todo o bem que temos em  Cristo. Seu amor me tem dado grande alegria e consolação, porque você, irmão, tem reanimado o coração dos santos".

Como é maravilhoso ler um texto como esse, sabendo que é real, que foi escrito por um homem de Deus a outro, irmão de fé. Que valor pertinente é dado aí à amizade, apoio e amparo mútuos, que devem fazer parte da vida de todos os que seguem ao Senhor Jesus! Apesar de tantos hoje abrirem mão desse benéfico prazer que todos os filhos de Deus podem usufruir, textos assim, extraídos da própria Bíblia, nos animam a buscar viver semelhantemente a esses irmãos, que partilhavam vida verdadeira de co-herdeiros com Cristo.
Quebrar as muralhas da alma, remover máscaras, partilhar vida: isso cura feridas e traz a paz.
Um dos sentimentos mais frequentes na humanidade atual é o de solidão. As pessoas trabalham em grandes empresas, repletas de funcionários e gestores, alunos empilhados em salas de aula lotadas, andam amontoados em abarrotados transportes de massa, mas sempre com aquela sensação de estar só no mundo. Não se tem com quem falar da dor, do medo, da vergonha, da angústia, enfim, o ser humano nunca foi tão solitário.
A questão é muito difícil de se entender, tendo em vista o fato de as barreiras que nos separam serem invisíveis, subjetivas. Não são apenas os altos muros de nossas casas que nos separam dos semelhantes. Eles tornam-se até pequenos diante das muralhas emocionais que nos rodeiam. Somos seres altamente ligados em eventos sociais, fazemos de tudo para promover momentos festivos e bem frequentados, mas não passamos disso. São apenas satisfação social mesmo, só para ajuntamento, sem comunhão de almas, de vida. Meus problemas e sonhos são só meus, os seus são só seus, e isso não se partilha. Daí caminha-se por veredas cada vez mais solitárias, tristes e sem esperança. Porque quando se sonha sozinho, tudo não passa de quimera. Apenas sonho e nada mais. Quando se sofre sozinho, também não há esperança, pois a dor levada por apenas uma alma, torna-se maior a cada passo e mais difícil de suportar e manter viva a esperança de vencê-la. Nossos bens mais valiosos são subjetivos, não são as coisas que o dinheiro nos dá. Por isso, é importante que partilhemos mais que coisas compradas em lojas. Mais do que lembrancinhas ou presentes caros, precisamos partilhar vida, esperança, sonhos, força no sofrimento alheio, para recebermos também quando chegar nossa vez, pois todos temos nossos vales a atravessar aqui.
Não podemos deixar de lembrar o fato de que esse comportamento de encerrar a alma nos nossos castelos imaginários consequentemente nos levará a um distanciamento também do nosso melhor companheiro e amigo. Jesus, antes de voltar ao Céu, afirmou categoricamente: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do século". Eu creio que Ele não prometeu isso pra ser bem visto pelos que o observavam, pois não ele precisava dessa cena gratuita. Ele o fez porque realmente pretendia cumprir. Por isso, não duvido de que esteja comigo até hoje, diariamente, a cada momento do dia, acompanhando meus passos, iluminando meu caminhar com Sua Palavra viva e sábia, amparando meus passos trôpegos e dando vida abundante, sentido para o meu existir. Para mim, essa promessa foi suficiente para extirpar de vez qualquer ameaça de sentimento de solidão que pudesse me cercar a mente e o coração. Foi então que despertei para o fato de que se Ele está comigo, levou toda a solidão e medo; posso, então ser companhia fiel aos que necessitam e ainda não encontraram essa maravilhosa descoberta de que não estão sozinhos. Perdi, o medo de me expor, de viver o partilhar com irmãos e irmãs que estavam sucumbindo em seu anseio de proteger-se com muralhas para que ninguém soubesse de suas dores ou angústias. Tornando-se reféns dessa necessidade, enclausurados pelo medo de ser desvendados em suas fraquezas, debilidades, fechavam-se em seus muros blindados. Como vivi essa dura realidade! Como blindei minha vida para que ninguém soubesse quem realmente sou! Mas como sofri com isso! Até meu corpo pagou pena por essa atitude. Esperei tanto para usufruir de algo que o Senhor me oferecia todos os dias: o privilégio de carregar as cargas com os demais que iam comigo pelo caminho, deixando que levassem comigo a minha também. Se alguém vai levar algo de minha vida para outros a quem não interessa saber? Ah, esse é um fato que não posso garantir não acontecer, mas não é por esse risco que vou me fechar de novo, voltar à miserabilidade tão conhecida e indesejada de outrora. Jamais! Tenho sido mais feliz partilhando vida e crescimento com os queridos que Deus tem colocado no meu caminho. Juntos temos nos espetado às vezes, é verdade, mas depois aprendemos a cuidar mutuamente das feridas. Aí o amor aumenta, o perdão brota, a humildade se expande e a vida é mais verde e frutífera. Louvo a Deus pelas Sua Igreja, pelo povo que se chama pelo Seu nome, no qual, não sei o motivo, mas Ele me inseriu sem que eu merecesse, sem pagar nada por isso, sem sequer entender direito como fui parar em braços tão acolhedores, quando o que eu merecia era a condenação eterna. Glórias para todo o sempre ao Deus único, poderoso, rico e bom! Meu Pai!

Um comentário:

  1. Sim, como luzeiro! E eu não poderia esperar menos de alguém que entendeu não apenas a graça de crer em Cristo, mas de viver por Cristo... Agradeço a Ele por sua vida, amada irmã, e espero que Ele mesmo continue a fazê-la brilhar... como luzeiro!

    Júnior & Cecília.

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