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sábado, 29 de dezembro de 2012

POR QUE COISAS RUINS ACONTECEM A PESSOAS BOAS?

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POR QUE COISAS RUINS ACONTECEM A PESSOAS BOAS?  (Por Caio Fábio)

Há não muito tempo atrás foi lançado um livro cujo titulo levantava a questão de por que coisas ruins acontecem apessoas boas.
Dei apenas uma olhadela no livro. Francamente não me interessou por uma simples razão de ordem invertida. Para mim a grande surpresa, num mundo caído—ou seja: marcado pelo pecado e existindo em caoticidade—é justamente o oposto: por que ainda acontecem tantas coisas boas com gente de todo tipo?
A questão proposta no livro é plausível apenas para quem não vê a vida com realismo bíblico.
Adriana o demoliu com apenas uma pergunta: Por que Coisas Boas Acontecem Ainda a Nós?
Esse mundo jaz no maligno e seus habitantes “conscientes de si”—os humanos—são a grande praga e maior razão de morte no próprio planeta.
A leitura da Bíblia nos chama desde o início para essa cruenta realidade da existência.
Depois de Gênesis 3 acabam-se as leituras fabulosas sobre a condição humana. A seqüência inteira nos esmaga: Caim mata Abel, os poderosos começam a determinar o destino dos demais, instrumentos cortantes são inventados, a maldade se espalha pela terra—o Diluvio cai sobre a humanidade!
O que se segue é igualmente marcado pela dor. Ser Abraão só é romântico para quem não tem que experimentar o que o patriarca experimentou.
O mesmo se pode dizer de praticamente todos os personagens bíblicos.
Os livros de sabedoria—Jó, Salmos, Provérbios e Eclesiastes—não abrem espaço para que nenhuma idéia de que a benção de Deus impede a calamidade.
Tudo acontece a todos!
O que resta é saber o que cada um faz com o mal ou com o bem. Assim, há males que produzem bem, no ser. E há bens que introduzem o mal, também no ser.
Jesus foi absolutamente claro acerca desta questão:
1. A calamidade sobre alguns deveria convocar a todos ao arrependimento--como no caso dos galileus mortos!
2. Nós somos maus, apesar de às vezes fazermos coisas boas a quem amamos--os filhos!
3. O tratamento “bom”, como qualificação, somente cabe em relação a Deus--como no encontro com o jovem rico!
4. Até o mal congênito pode se tornar algo bom, para a gloria de Deus--como no caso do cego de nascença!
A lista poderia ser interminável!
O restante da revelação insiste na mesma ênfase. O Apocalipse nos leva trêmulos [...] pelas veredas sombrias e angustiantes do “futuro”.
Portanto, a surpresa é o bem e o bom ainda nos alcançarem na terra.
Talvez seja pela ausência dessa consciência que nos sentimos abandonados por Deus quando a calamidade muda o endereço da porta do vizinho para a nossa.
Mas quem tem essa consciência e ama a Deus na realidade da vida, não se assusta mais; e nunca se vê abandonado por Deus porque dói.
Dói mesmo!
Mas e daí?
No mundo tereis aflições...
E elas podem vir com caras as mais diversas.
A recomendação é bom ânimo. Jesus venceu o mundo, mas fez isso passando pelo sofrimento.
A galeria dos homens e mulheres de e da fé em Hebreus 11, nos põe cara a cara com os esmagadores fatos da existência. Entretanto, adverte que sem fé é impossível agradar a Deus.
Tudo pode acontecer a todos!
Mas a fé não é de todos!
Se você tem fé apesar de tudo, agradeça. O que de melhor pode acontecer a um ser humano na terra aconteceu a você. Afinal, você crê. E sem fé é impossível agradar a Deus!
Então, felicidades!
Bem-aventurados os humildes, os que choram, os mansos, os famintos de justiça, os perseguidos e os que se ocupam de lutar pela mais perdida de todas as causas da terra: promover a paz!
O segredo de tudo é a gratidão. E a gratidão só surge quando as “perdas da terra” são consideradas por nós como adubo para o ser!
Tudo depende de onde está o seu tesouro!
Caio



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Uma bela mensagem (pequei emprestada) que fala da Soberania de Deus

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Muito mais que vencedora

by Mauricio Zágari
Lele1De vez em quando convido pessoas queridas para contar aqui no APENAS algo que creio que vai edificar a sua vida, meu irmão, minha irmã. Tenho uma amiga chamada Alessandra (a dançarina da foto ao lado), membro da igreja em que congrego, cuja vida me humilha. Se você tem o hábito de ler os comentários deixados aqui no blog já deve ter visto algo que ela escreveu, assinado com o apelido com que a costumamos chamar, Lelê. Dona de um enorme coração, sempre faz elogios ao que aqui é escrito, mas a vida dela é um post tão mais maravilhoso do que qualquer texto que eu possa escrever que confesso que fico constrangido e me sinto indigno todas as vezes em que ela escreve palavras elogiosas. De verdade, sem falsa modéstia. Conhecendo a vida e as lutas de Lelê, soube que ela fez algo no último fim de semana que banhou meu rosto em lágrimas. Eu, que tive um ano muito difícil, chorei e reclamei tanto aos pés do Senhor e me senti tão mal em tantos momentos, olhei para a foto que Lelê postou na Internet (e que reproduzo ao final deste post) e, ao vê-la, conhecendo a luta de sua vida... me senti um gigantesco reclamão. Um murmurador. Ela é um exemplo tão grande para mim que eu já quis lançar um livro com a história magnífica de sua trajetória. Infelizmente não foi possível, mas hoje quero publicar a síntese da caminhada de Lelê, contada por ela própria. Para honrar essa amiga extraordinária que Deus me deu e para glorificar Deus pela obra extraordinária que Ele fez na vida dessa minha amiga. É um relato um pouquinho grande, mas, acredite, vale a pena ler até a última linha. Passo a palavra a Lelê:
"Me chamo Alessandra e sou convertida há mais de 15 anos. Minha vida era a mais normal possível: eu estudava, dançava como profissão e como hobby e estava me descobrindo em todos os sentidos. Tive um encontro supremo com Deus quando tinha 21 anos. Sim, com 21 anos eu renasci para a vida e para as pessoas. Com aquela idade eu tinha responsabilidade de gente grande. Fazia faculdade, curso de inglês e francês, dançava em duas companias de dança e ainda dava conta de administrar a minha casa. Estava tudo “bem” deste jeito.
Naquele tempo confesso que a minha vida com Deus era morna. Eu orava quando era do meu interesse, apesar de ir todo domingo à igreja, mas não cria de fato que Deus poderia transformar a minha vida. E costumo dizer que as pessoas se aproximam do Senhor pelo amor ou pela dor. Dito e feito! Deus não quer metade de nada, ele não queria o meu coração pela metade - muito menos a minha doação e minha entrega. E eu, intensa como era, já me sentia incomodada com a situação.
Deus escolheu o dia 12 de junho para fazer a virada que eu merecia e poderia suportar, sem que ao menos disconfiasse que algo tão trágico poderia acontecer. O dia começou igual aos demais, acordei às 6h, fui para a faculdade e voltei para casa. O único fato fora do normal é que meu pai estava viajando e eu fiquei com o carro, o que facilitava muito o deslocamento. Estava indo ao shopping perto de casa.
E tudo aLele5conteceu ali mesmo, no sinal de trânsito: sofri um AVC hemorrágico, um derrame cerebral. Sim, eu, com 21 anos de idade, bailarina em ascenção, sem vício algum, sem ter nenhum indício, carregava uma bomba relógio na cabeça. Uma veia que teve má-formação, localizada em uma parte nobre do cérebro, onde não se pode fazer nenhuma intervenção, estava pronta para estourar a qualquer momento. Deus quis assim - para mostrar a todos que só Ele tinha o poder para me restaurar.
Desmaiei ao voltante. Me levaram ao hospital público que fica bem perto do local ocorrido. Imagine a situação: uma menina saudável e toda serelepe em um dia no outro estava entre a vida e morte no hospital. Pode haver quem pense que isso foi uma grande fatalidade. Eu prefiro acreditar que Deus cumpriu o seu propósito na minha vida. Os médicos que me atenderam me desenganaram. Disseram que o local da hemorragia era nobre e que a dimensão do derrame era a de uma bola de tênis. Em resumo, só um milagre me salvaria.
O tempo em que passei inconsciente era terrível para as pessoas que estavam na ânsia por algum milagre. Deus foi muito fiel comigo. E, um dia, eu simplesmente acordei. E só acordei, pois não conseguia fazer nada sozinha. Respirar, falar, sentar, andar e mexer o corpo era para pessoas que tinham controle do seu corpo. Não pra mim. Nesse momento eu renasci, pois tive que aprender a fazer tudo de novo, já que meu corpo não respondia aos estímulos. Foi muito lenta a minha recuperação. Os médicos me diziam horrores, que levaria dez anos para voltar a andar, falar, estudar - e isso se eu fosse uma pessoa muito disciplinada. Assim renasceu Lelê.
Lele6Quando acordei, tive a certeza de que Deus estava me dando uma nova chance de viver e que teria de caminhar segundo a Sua vontade. Renasci sedenta por cumprir o propósito de Deus. Ele me deu uma nova chance de viver, tive que reaprender a fazer TUDO. Sentar, levantar, andar, respirar, falar, escovar os dentes. Algumas ações, conseguia fazer com muita dificuldade; outras eu tive que reaprender na marra. Tudo o que é corriqueiro para qualquer ser humano com mais de cinco anos era muito difícil para mim.
E Deus nunca me abandonou, eu sabia que ele estava ao meu lado em todos os momentos. Nos inúmeros tombos, nas palavras que não conseguia pronunciar, quando eu queria comer algo e a comida caía da minha boca, quando desejava falar alguma coisa mas a palavra saía em outro tom. Até quando eu queria somente ir ao banheiro e não conseguia ir com as minhas próprias pernas.
Depois de muitos anos de lapidação de movimentos, cheguei na zona de conforto. Já conseguia andar (devagar), falar, escrever (com a mão esquerda, eu que sou destra), comer, respirar e - o melhor - ter vontade própria. E nesse estágio eu poderia escolher viver uma vida “muito mais ou menos” ou então correr atrás da minha qualidade de vida. Escolhi a minha qualidade de vida. Foi quando listei TUDO o que eu fazia antes do meu acidente e que eu não conseguia fazer mais. A lista era muito maior do que esta, mas aqui vão alguns dos pontos:
1. Colocar e tirar brincos e cordões
2. Prender meu cabelo
3. Andar sem segurar em nada e falar ao mesmo tempo
4. Dirigir
5. Dançar sapateado
6. Nadar
7. Correr
Lele3Eu não consegui fazer todas essas coisas rápido, algumas delas demorei muitos anos. Mas gostaria de me ater ao ato de correr - e você já vai entender por quê. Nunca tive muita resistência respiratória. No máximo conseguia correr 100 metros, cansava e parava. Todas as pessoas que olham pra mim hoje notam que algo de estranho aconteceu comigo. Eu ainda ando mancando e, se não me forçar a usar o meu lado direito, consigo fazer todas as atividades sem ele. Mas correr era quase uma questão de honra. Eu moro em um condominio e, quando descia para fazer a minha atividade física diária, olhava para as pessoas correndo e sempre me perguntava: "Será que um dia vou correr?"
Anos e anos se passaram, o meu andar ficou menos vagaroso e comecei a trotar, buscando maior gasto calórico. Mas o medo de cair era o que me impedia de ir mais rápido. Bolei um plano: eu marchava entre um quebra-mola e outro e andava no trecho seguinte - e assim eu fiz por mais de dois anos. Mas eu precisava ir além. Aquela velha história da acomodação: eu poderia me contentar com o fato de andar rápido. Mas não quis.
No meu trabalho existe um programa de qualidade de vida para funcionários e eles sempre anunciam as Corridas Adidas. Todos meus colegas que foram amaram e minha vontade ficou ainda mais latente. O medo de falhar era grande, mas a minha busca pelo meu objetivo era maior. Contei toda a minha história para o meu treinador e ele se dispôs a correr ao meu lado. Tomei coragem e fui encarar os cinco quilômetros do percurso.
A cada quilômetro que passava eu me lembrava de uma fase da minha vida. Do tempo em que era completamente dependente de tudo e todos, que não tinha a opção de decidir se queria ou não fazer as coisas. E o primeiro quilômetro simplesmente passou.
Correndo estava e assim continuei. No segundo, me lembrei da dificuldade que era para andar e da dificuldade que tive de provar para as pessoas que só estava com limitações físicas. A minha mente, o raciocínio e a consciencia, continuavam preservados. Mas, hoje em dia, não preciso provar mais nada para ninguém. E assim passou o terceiro quilômetro.
No quarto recordei que já tinha conseguido uma qualidade de vida excelente, mas não me contentei com tudo que eu tinha. Eu queria mais. Essa sim foi a parte mais cansativa. E, nessa hora, me lembrei de Deus. Ele não me abandonou jamais, sempre me dando forças, me sustentando quando eu caía e me levantando com a sua destra fiel.
Eu já enxergava a linha de chegada e o sucesso da prova dependia só de mim. Deus já tinha me capacitado para completar com êxito e eu também estava me preparando há tempos. Deus sempre foi fiel e não iria me desamparar nessa hora. Estava perto de acabar o trajeto quando lembrei que voltei a dirigir o carro que eu mesma comprei com o salário do meu próprio trabalho, tudo graças ao Senhor. Deus sempre soube de todas as minhas aflições. Por quantas e quantas noites eu chorei no quarto, sozinha, clamando a Deus por ajuda, porque estava muito cansada de viver, de provar o tempo todo para as pessoas que estava lúcida. Chorei na luta por um emprego e hoje trabalho em uma multinacional. Chorei muito, mas Deus sempre esteve ao meu lado, enxugando todas as minhas lágrimas.
Ultrapassei, enfim, a linha de chegada.
Lele4
Deus sempre foi muito fiel comigo, desde o meu nascimento até o dia de hoje. Quando olho pra trás e vejo onde cheguei, tenho mais certeza de que sem Deus eu nem teria saído do estado de coma - muito menos conseguiria realizar fazer todas essas peripécias.
Com este testemunho gostaria de enfatizar a misericórdia do Senhor. Assim como Ele teve muita comigo, Ele também tem muita com você. Abra seu coração, ore sem cessar, leia a Bíblia e pratique tudo o que está escrito. Você não vai se arrepender. Que estas simples palavras exaltem o nome de Deus, pois é Dele toda a honra e glória.
Lelê."
Obrigado, amiga, por ser uma pregação em forma de gente. Que me recorda sempre da bondade de Deus e me faz sentir tão ingrato ao Senhor por minhas lutas tão pequenas.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício