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domingo, 19 de junho de 2016

O pai que o Pai eterno me deu.

Este é o meu pai. Ele já não está entre nós, mas Deus sabe como me faz bem lembrar o bem que foi para mim, ter nascido filha deste homem. Íntegro, verdadeiro, sem máscaras ou meios termos, sempre intenso em suas ideias e atitudes. Conheço pouquíssimas pessoas parecidas com meu pai. Sua sinceridade às vezes chegava a chocar aos que lhe ouviam. Exatamente por não tentar nublar a verdade para ser agradável. Mas pode crer que ele não media esforços para ajudar a quem precisava e desejava ser ajudado. Cresci admirando a esse que considerava o meu herói. E achava que o admirava com toda a minha força. Mas percebi que ao crescer, e conhecer e compreender mais sobre o mundo e seus habitantes, passei a admirar, amar e respeitar ainda mais intensamente ao meu amado pai. Aí, sim, de uma vez por todas, descobri como fui abençoada por ser filha dele. Aprender com ele sobre a vida, sobre Deus, sobre crer em Deus, não tem preço!
Sim, mas eu sei que meu pai não podia ser perfeito, pois é homem. E a Bíblia diz que, diante de Deus, não há justos. Foi ele que me ensinou que o que conseguíamos ver de bom nele era fruto da misericórdia e da graça do Senhor. Reflexo de um encontro que tivera no passado com o Salvador, e que transformara definitivamente a sua vida, seus planos e sonhos, seu caráter. Isso me fez amá-lo ainda mais, e adorar com maior fervor ao nosso Pai eterno. 
Apesar de meu pai já ter ido morar no lar que me espera, não fico triste. Sinto uma saudade doída, às vezes cortante, mas não tristeza. Isso não. Ele está onde sempre sonhou chegar um dia. Partiu aos noventa anos, esquecendo de muitos de nós que com ele convivemos tanto, mas jamais esqueceu quem era o Senhor Jesus em sua vida. Ah, e minha mãe, sua eterna namorada, ele também nunca esqueceu. Sempre a chamava e quando ela vinha pertinho dele e dizia: "estou aqui, meu filho, fale"! Ele respondia:"Como você é linda"! E passava a mão suavemente no seu rosto. E os hinos que ele gostava de cantar, entre eles "Mais perto quero estar meu Deus de ti, inda que seja a dor que me una a ti"... esqueceu as letras, mas não a melodia. E louvava, mesmo na cama, cantando com apenas um lá-lá-lá-lá, sempre dentro da melodia certinha. E assim, louvava a cada dia em que pode fazer isso. Essas são as lembranças mais doces e preciosas dos seus últimos dias entre nós.
Como não ser grata ao Senhor da vida? Como não adorá-lo ainda mais a cada dia, por tanto amor revelado a mim, através da vida dos meus pais? 
Sim, quero adorar, amar e viver para e por este Deus, em cada um dos dias que me conceder aqui, e por toda a eternidade.

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